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"Diga-me com quem tu andas, que Eu te direi quem és..."

Por Victor Ferreira.

Após 109 anos de anunciação da Umbanda, ainda vemos um fundamentalismo crasso de alguns líderes religiosos no tocante à prática umbandista junto a médiuns e, principalmente, a assistentes, com o objetivo de “prendê-los” coercitivamente em seus terreiros, por meio de mensagens tendenciosas e/ou "trabalhos" desnecessários, simplesmente para alimentarem seus próprios egos e vícios, quando não são para se enriquecerem materialmente às custas da religião.

Diante disto, observamos cada vez mais, dirigentes, médiuns e adeptos, totalmente frustrados e desequilibrados espiritualmente pela falsa ideia de uma busca inconstante de uma prosperidade material, desvinculando-se do propósito primordial da essência da Umbanda: a reforma íntima por meio da prática da caridade.

Muitos entram em um deslumbramento, acreditando que uma simples presença no terreiro, a "feitura" de algum trabalho ou a incorporação de espíritos fará com que suas vidas mudem, prosperando materialmente e não terão mais nenhum tipo de problema em suas vidas, desprezando por completo o próprio amadurecimento moral e todas as peculiaridades necessárias para o aprendizado e resultado deste.

Geralmente, os maiores "vilões" por esta falácia enganosa são os próprios "dirigentes" ou "pseudo-dirigentes", ignorantes e viciosos, adeptos de fenômenos irreais, práticas adivinhatórias, "testes" grosseiros, mentiras surreais, etc., que desqualificam por completo um trabalho complexo e árduo dos espíritos de Luz que estão dentro da seara de Umbanda, empenhados em cumprirem suas missões, levando tão somente o bálsamo consolador àqueles que verdadeiramente necessitam, conforme planejado junto à Espiritualidade maior.

É claro que tudo isso vem, evidentemente, da falta de estudos doutrinários e vivência de terreiro (nem sempre), acompanhado substancialmente pela imoralidade do próprio ser, que acaba se afinizando com espíritos inescrupulosos ávidos à desordem, ao egocentrismo e às maledicências, ocasionando, por sua vez, severos prejuízos não só aquele encarnado imprudente e invigilante, designado verdadeiramente a cumprir a missão da liderança caritativa, como também atinge aqueles simpatizantes enfermos espiritualmente que visam na religião apenas uma barganha material ou vantagem pessoal.

Enquanto existir uma ausência de vigilância, estudos constantes, vivência de terreiro e discernimento moral por parte dos líderes espirituais, a Umbanda caminhará um passo e retrocederá dois, até que a Espiritualidade compreenda que será inevitável uma atuação mais incisiva como um afastamento integral de espíritos desta estirpe da seara umbandista, para que esta caminhe naturalmente, fazendo verdadeiramente o seu propósito maior: a Caridade.